O início de um novo capítulo
Desenhar uma experiência de colaborador adequada à nova forma de trabalhar
Reestruturar a experiência do colaborador
O desafio de criar uma experiência atrativa para os colaboradores não é novidade, mas é certamente complexo. Como um tema multifacetado com diferentes abordagens e ligações entre si, implica o uso de dados, ferramentas e um conhecimento profundo sobre os colaboradores, cultura e ambientes de trabalho físicos e virtuais.
Desenvolvimentos recentes criaram uma complexidade adicional Os colaboradores estão a reconsiderar as suas prioridades e expetativas, e agora procuram cada vez mais fazer com que o trabalho se adapte à vida, não o contrário. Isto é dar as boas-vindas ao próximo salto na proposta de valor para colaboradores, caracterizada por uma mudança do “contrato” – colaboradores e empresas focados nas necessidades de bem-estar, incluindo propósito e impacto – para o “contrato de estilo de vida”, no qual as organizações e colaboradores estão focados num contrato justo. As pessoas querem sentir-se realizadas através da escolha, ligação e contribuição.
O contrato emergente para um estilo de vida apela às empresas para adaptarem as suas estratégias de experiência de colaborador – considerar as diferentes expetativas, ambientes (cultura, colegas, lideranças, processos, tecnologia, locais de trabalho) e experiências (trabalho e vida). As empresas estão a ter sucesso? Com base no nosso estudo Global Talent Trends 2024-2025 , apesar de 82% dos colaboradores manifestarem satisfação nas suas funções atuais, aproximadamente um terço ainda pretende sair este ano. Surpreendentemente, os indivíduos da Geração Z parecem ser os mais satisfeitos (85%) quando comparados com os Boomers, que estão nos 73%. No entanto, ambos os grupos estão igualmente inclinados a considerar sair (35%).
Incorporar trabalho flexível na reformulação do trabalho pode fortalecer a experiência do colaborador, explorar outros grupos de talento não tradicionais e aceder a novas competências.
O trabalho flexível e híbrido deu início a novos desafios e as organizações estão a tentar avançar por ultrapassar estes desafios:
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Como podemos compreender as novas necessidades e circunstâncias de diferentes populações?
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Como podemos segmentar e criar empatia com os nossos colaboradores de forma mais diferenciada?
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Como podemos criar juntos uma solução direcionada e focada que satisfaça as necessidades e desafios masi críticos dos diferentes segmentos de colaboradores?
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Como podemos desenhar programas e processos de experiência do colaborador que sejam ágeis e possam adaptar-se à evolução das suas necessidades?
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Os RH estão a ser puxados em muitas direções: onde estão as lacunas, em que áreas e desafios devem focar-se para criar um maior impacto e como estas se encaixam nas iniciativas já existentes?
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Como podem utilizar a tecnologia e a análise de dados para implementar, otimizar ou criar sistemas a partir dos quais podemos obter informações contínuas relativamente à experiência dos colaboradores?
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Qual a melhor forma de implementar as mudanças propostas e desenvolver uma estratégia de comunicação num mundo híbrido?
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Como podemos garantir que os gestores estão preparados para fazer a diferença na experiência dos seus colaboradores?
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Como podemos medir o sucesso e contextualizar os resultados para planear numa esfera dos RH mais ampla?
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Como podemos desenhar uma estratégia de experiência do colaborador que esteja ligada à estratégia da gestão de pessoas?
Compreender de uma forma profunda o colaborador não será suficiente. Este ano, a percentagem de colaboradores energizados encontra-se num nível mínimo. Criar uma experiência de colaborador que dê energia às pessoas será fundamental e, à medida que muitas organizações passam por transformações, combinar a agenda de transformação com a melhoria da experiência do colaborador pode ser fundamental para o crescimento sustentável. Por exemplo, por desenhar o trabalho significativo com o objetivo de envolver e reter pessoas e criar “espaço” para o foco na experiência do colaborador.
Aproveite este momento de profunda mudança para melhorar a experiência do colaborador usando princípios de design thinking e por colocar os colaboradores no foco principal.
Crie experiências que as pessoas procuram. Metade das equipas de RH integrou plataformas de escuta contínua de colaboradores, enquanto uma em cada três abraçou workshops de design com os colaboradores para repensar a experiência do colaborador — componentes críticos para manter uma experiência decisiva.
Crie uma experiência de colaborador que se destaque
Desenhar uma experiência do colaborador focada no indivíduo é fundamental para criar uma relação duradoura, e ninguém está mais bem posicionado para moldar a experiência do colaborador do que os próprios colaboradores. A abordagem da Mercer centrada nas pessoas permite às organizações criar um roteiro holístico e garantir uma experiência personalizada, intuitiva, ao longo do percurso. Como o fazemos:
- Por compreender os vários desejos, necessidades e pontos problemáticos dos colaboradores
- Compreendemos do ponto de vista dos colaboradores o percurso do início ao fim
- Desenhamos uma interação direcionada com experiências impactantes em momentos importantes
A nossa abordagem é orientada por estudos e colaborativa com uma rede de consultores da Mercer a nível global, especialistas numa vasta gama de tópicos relacionados com pessoas — quer sejam talento, remuneração, comunicação, programas de engagement ou processos de RH. Trabalhamos consigo para contar a sua história de modo a proporcionar uma experiência aos colaboradores em todo o espectro da sua organização, dar prioridade aos seus objetivos e desenvolver um roteiro pragmático.
A abordagem da Mercer centrada no ser humano para desenhar uma experiência de destaque para colaboradores inclui três fases principais
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Identificar o problema
- Analisar
- Criar empatia
- Definir
Esta fase do diálogo e da investigação foi preparada de forma a analisar e criar empatia com os principais desafios que as pessoas enfrentam e que influenciam a experiência do colaborador e os resultados desejados. Utilizamos workshops, analíticos e insights com base em dados de várias fontes, tais como entrevistas, focus group, engagement surveys e pulse surveys.
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Desenhar a solução certa
- Idealizar
- Priorizar
- Validar
Esta fase utiliza personas, mapeamento do roteiro e técnicas de design-thinking para criar, priorizar e validar soluções personalizadas. Considera iniciativas novas e existentes de forma a garantir que concentra a sua energia onde esta é mais necessária.
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Ativar para obter o máximo de impacto
- Planear
- Implementar
- Medir
Esta fase envolve desenvolver uma estratégia de mudança e de comunicação e determinar as necessidades digitais e as da marca. Mecanismos de feedback integrados, como employee surveys e dados analíticos, podem ajudar a medir o progresso e incorporar agilidade para que se adapte de forma mais eficaz às necessidades dos colaboradores e à agenda do negócio.