Ouvir e ser ouvido: O novo papel da Comunicação Interna nas empresas 

Comunicação Interna: A voz da empresa, que é também a voz dos colaboradores. Quando perguntámos o que procuram alcançar com a Comunicação Interna (CI), as 70 empresas que participaram na primeira edição do estudo “Communicate to Thrive” destacaram o aumento de sentimento de pertença e do trabalho com propósito, bem como a melhoria da experiência do colaborador.

Ora, aqui cabe tudo, ou quase tudo, porque a experiência do colaborador depende da motivação, da performance, da fidelização e até do negócio. É, por isso, com surpresa que este estudo pioneiro evidencia que, mesmo sendo a comunicação com os colaboradores reconhecida como um fator vital para o sucesso organizacional, a maioria das empresas não tem um responsável identificado nem uma estratégia de CI definida, o que, por si só, é um sinal de que ainda há um longo caminho a percorrer.

Para reverter este ciclo, é essencial que as empresas definam a sua estratégia de CI e promovam uma cultura organizacional em que todos os colaboradores sejam emissores ativos, garantindo que estão criadas as condições para estabelecer um diálogo de qualidade.

Ao inquirir empresas dos setores da indústria, saúde, serviços, retalho, turismo, energia e tecnologia, na sua maioria com até 5.000 colaboradores, foi interessante observar que o modelo de trabalho cada vez mais flexível é o grande impulsionador na forma como a CI é atualmente valorizada, tendo 68% das empresas reconhecido ter mudado a forma como comunicam com os seus colaboradores desde a pandemia.

No entanto, sendo a CI um facilitador do negócio e da estratégia da empresa, nomeadamente em processos de mudança, é com surpresa que se observou que apenas 44% das empresas disponibilizam formação em competências de comunicação aos líderes.

Ora, pela responsabilidade que ocupam na disseminação de informação importante para o dia a dia das pessoas e da empresa, bem como pelo impacto que têm na motivação e desenvolvimento das equipas, a capacitação destes emissores deve ser uma prioridade.

O mesmo para colaboradores, já que 65% das empresas revelam ter implementado novas ferramentas digitais de comunicação sem, no entanto, ter disponibilizado qualquer formação, salvaguardando uma boa utilização e potenciando o investimento.