Tornar os benefícios pessoais 

Num panorama global competitivo, as opções de escolha e a personalização não são apenas uma tendência; são um imperativo estratégico para as organizações que pretendem atrair, reter e realmente e relacionar-se com o talento.

O relatório de assinatura da Mercer Marsh Benefits de 2025, Health on Demand, destaca uma correlação significativa entre o nível de personalização nos benefícios e a força da relação colaborador-empresa. Nomeadamente, 78% dos colaboradores a nível global sentem que a sua organização se preocupa genuinamente com a sua saúde e bem-estar quando lhes é oferecida a oportunidade de personalizar os seus benefícios.

À medida que os colaboradores recorrem cada vez mais às suas organizações para apoiarem o seu bem-estar, flexibilidade e segurança financeira, um programa de escolhas de benefícios bem desenhado e construído com base numa estratégia global, torna-se uma parte central da proposta de valor para colaboradores. 

Quer a sua organização esteja a começar o percurso para a personalização, ou pretenda expandir o seu programa para novas áreas ou geografias, uma abordagem estruturada e centralizada que considere a otimização contínua de custos, escolha de fornecedores e tecnologia, pode melhorar a experiência do colaborador, mantendo a consistência e o controlo globais.

1. Envolver os stakeholders:

A implementação de programas de escolha requer o envolvimento dos stakeholders transversalmente a todas as funções organizacionais. Para as multinacionais, garantir o alinhamento desde o início é essencial, juntamente com a confirmação de que as suas equipas globais e locais apoiam a estratégia de escolhas flexíveis. Para iniciativas maiores, estabelecer um comité dedicado que se reúna regularmente pode ser eficaz. Este comité deve incluir especialistas em benefícios e representantes de áreas chave como operações e TI, para garantir a colaboração e uma abordagem holística na sua implementação.

 

2. Definir objetivos e a estratégia:

Embora a implementação de programas de benefícios flexíveis e de escolhas seja influenciada principalmente pela dinâmica do mercado local, definir uma estratégia centralizada desde o início garante o alinhamento com a estratégia de negócios e a proposta de valor para colaboradores. Os elementos-chave a definir centralmente e a documentar num manual estratégico incluem:

• Objetivos de negócio: Descreva claramente o impacto mais abrangente do plano flexível e de escolha dentro da proposta de valor para colaboradores e do seu reforço contínuo.
• Abordagem à flexibilidade e à opção de escolha: Especifique a estrutura ideal na gestão de benefícios, o seu financiamento e a tecnologia.

 

3. Visualize o ideal de experiência do colaborador

A experiência digital do colaborador é um fator crucial ao longo do ciclo de vida do colaborador, desde a sua integração em diante. Uma experiência digital positiva pode educar e inspirar com iniciativas flexíveis e de escolha, permitindo uma visão holística do valor total da sua compensação. A experiência do utilizador é fundamental, uma vez que os colaboradores esperam uma tecnologia na ótica do consumidor, que disponibilize um acesso instantâneo a todas as informações sobre benefícios – será vital garantir que os seus benefícios e as plataformas que os fornecem são adequados ao objetivo e que permitem a capacitação para a gestão personalizada de benefícios, dando aos colaboradores a liberdade, flexibilidade e escolha de comprar os benefícios que desejam, quando o pretenderem. 

4. Reveja os seus mercados: 

Quer esteja a selecionar países para a implementação de programas de benefícios flexíveis ou a monitorizar os mercados como parte de um programa em curso, é crucial ter cuidadosamente em consideração uma série de fatores:

• Os fatores internos incluem a dimensão do colaborador, o seu potencial de crescimento, dados demográficos, benefícios atuais, envolvimento de terceiros e configuração operacional.
• Fatores externos englobam eficiências fiscais, o panorama da seguradora, legislação local, maturidade do mercado e acesso a talentos.

 

5. Crie o seu programa de escolha de benefícios:

Desenhar um programa de escolha de benefícios não é diferente de construir uma orquestra, para garantir um desempenho harmonioso e uma colaboração perfeita.  Os principais aspetos a considerar incluem a combinação de benefícios, opções de financiamento disponíveis, seleção de fornecedores e o potencial para entrega automatizada de programas através da tecnologia. O acesso às práticas de mercado que influenciam estas decisões dependerá da maturidade do próprio mercado. Deve ser realizada uma análise detalhada para avaliar os custos associados à implementação de um programa de escolha de benefícios e explorar diferentes cenários.

O desenho de um programa de escolha de benefícios deve incorporar um conjunto padrão de opções ou componentes, cada um capaz de funcionar de forma independente ou em combinação para ofertas mais complexas. Os componentes padrão podem incluir pacotes de benefícios modulares, ajustes de benefícios flexíveis, uma carteira flexível (ou contas de gastos flexíveis) e benefícios voluntários.

Cada componente pode oferecer vários benefícios, incluindo opções base (vida, acidentes pessoais, plano médico) e seguros e/ou serviços para uso pessoal. Os países têm abordagens padrão aos programas de escolha de benefícios, moldados pela eficiência fiscal e maturidade do mercado, apresentando uma oportunidade de otimizar as ofertas de benefícios globais para um maior impacto nas suas pessoas. O financiamento do programa pode ser totalmente pago pela organização, totalmente pago pelo colaborador ou uma combinação de ambos. É essencial otimizar as eficiências fiscais e dar aos colaboradores o acesso a opções de sacrifício salarial.

Os fornecedores são um elemento crucial de um programa de escolha de benefícios e uma consideração precoce é essencial. Influenciam significativamente a experiência do colaborador, por isso é importante que este cumpra os requisitos definidos relativamente ao nível de benefícios oferecidos, padrões de serviço e integração com a tecnologia. É crucial identificar antecipadamente as soluções tecnológicas que estão alinhadas com os objetivos organizacionais e apoiar a tipologia de escolha que é esperada. Equilibrar os resultados desejados com a funcionalidade deve ser abordado no início do processo.

A escolha e a personalização são um percurso contínuo. Independentemente de onde se encontra no processo, uma abordagem centralizada pode ajudar a melhorar a experiência dos colaboradores e a desbloquear perspetivas para a tomada de decisões estratégicas. Para saber mais, contacte-nos.