Mercer divulga a 15.ª edição anual do “Índice Mundial de Pensões” 

A Mercer e o CFA Institute divulgam a 15.ª edição anual do “Índice Mundial de Pensões” (MCGPI). O sistema de pensões dos Países Baixos recuperou a primeira posição do ranking, com a Islândia e a Dinamarca a ocuparem a segunda e terceira posição, respetivamente.

“A idade média da população mundial continua a aumentar em diversos países, particularmente nos mais maduros”, afirma Margaret Franklin, CFA, Presidente e CEO do CFA Institute. “A inflação e o aumento das taxas de juro criaram uma nova dinâmica de mercado que coloca desafios significativos aos planos de pensões. Estes são apenas alguns dos desafios cada vez mais complexos que os fundos de pensões enfrentam e que afetam significativamente a população reformada”.

“As pessoas, individualmente, desempenharão um papel cada vez mais importante no que se refere à própria reforma. Enquanto profissionais de investimento, devemos prepará-los nesse sentido. Anualmente, este índice serve de importante alerta de que várias jurisdições têm ainda um longo caminho a percorrer no âmbito da melhoria do funcionamento dos planos de pensões e da garantia da segurança financeira dos beneficiários a longo prazo”.

O crescente impacto da Inteligência Artificial e os seus benefícios

Para além da identificação dos melhores sistemas de pensões, o estudo avalia também o potencial da Inteligência Artificial (IA) no âmbito da melhoria dos sistemas de pensões e de segurança social, analisando de que forma pode proporcionar uma melhor qualidade de vida na reforma.

“A expansão contínua da IA nas operações e decisões dos gestores de investimentos poderá conduzir a processos de tomada de decisão mais eficientes e mais bem informados, o que poderá levar a retornos de investimento reais mais elevados para os participantes dos planos de pensões”, comenta David Knox, Senior Partner da Mercer e autor-líder do estudo. “A IA tem também o potencial de melhorar o envolvimento dos membros e ajudar na tomada de decisões a longo prazo sobre as suas decisões financeiras. Ambos os avanços devem melhorar os resultados da reforma”.

No entanto, o estudo deixa claro que a IA não está isenta de riscos, incluindo desafios de modelação e preocupações éticas, bem como a necessidade de otimizar a privacidade dos dados e a cibersegurança. Ao desenvolver estes sistemas, é essencial que os modelos de IA tenham uma governação forte e uma responsabilização clara para reduzir os enviesamentos e as respostas injustificadas. Estas salvaguardas são fundamentais para que os planos de pensões mantenham a confiança dos seus participantes a longo prazo.

“A IA, por si só, não é a resposta completa. Haverá sempre a necessidade de supervisão humana. Apesar destes riscos, a IA tem a oportunidade de proporcionar um nível de vida mais elevado na reforma – um objetivo valioso para todos os sistemas de pensões”, acrescenta David Knox.

Os números globais

Os Países Baixos registaram o valor mais elevado do ranking (85,0), seguidos de perto pela Islândia (84,8) e pela Dinamarca (81,3). A Argentina desce duas posições por comparação ao ano anterior, registando apenas 42.3 pontos. Embora os Países Baixos estejam atualmente a proceder a uma reforma significativa do seu sistema de pensões, o sistema encontra-se bem posicionado para proporcionar excelentes benefícios no contexto da passagem de um sistema mais coletivo para uma abordagem mais individual de contribuição definida.

O Índice utiliza a média ponderada dos sub-índices de adequação, sustentabilidade e integridade. Para cada sub-índice, os sistemas com os valores mais elevados foi Portugal para a adequação (86,7), a Islândia para a sustentabilidade (83,8) e a Finlândia para a integridade (90,9). Os países com os valores mais baixos em cada um dos sub-índices são a Coreia do Sul para a adequação (39,0), a Áustria em sustentabilidade (22,6) e as Filipinas em integridade (25,7).

Várias economias e sistemas de pensões foram pressionadas pela queda das taxas de natalidade, afetando negativamente as classificações de sustentabilidade de países como a Itália e a Espanha. Ainda assim, vários sistemas asiáticos, incluindo a China continental, Coreia, Singapura e  Japão, promoveram reformas para melhorar as suas pontuações nos últimos cinco anos.

Sobre o Índice Mundial de Pensões da Mercer e da CFA Institute 2023 (MCGPI)

O MCGPI avalia comparativamente os sistemas de pensões de reforma a nível mundial, destacando algumas lacunas em cada sistema e sugerindo possíveis reformas que poderiam implicar benefícios de reforma mais adequados e sustentáveis.

Este ano, o Índice Mundial de Pensões compara 47 sistemas de pensões mundiais e abrange 64% da população mundial. O Índice Mundial de Pensões de 2023 inclui três novos sistemas de pensões – Botsuana, Croácia e Cazaquistão.

O Índice Mundial de Pensões utiliza a média ponderada dos sub-índices de Adequação, Sustentabilidade e Integridade para avaliar cada sistema de pensões em relação a mais de 50 indicadores.

O Índice Mundial de Pensões é um projeto de investigação colaborativo patrocinado pelo CFA Institute, a associação mundial de profissionais da área do investimento, em colaboração com o Monash Centre for Financial Studies (MCFS), parte da Monash Business School na Monash University, e a Mercer, líder global na redefinição do mundo do trabalho e na reformulação dos resultados da reforma e do investimento.

Para mais informações sobre o Índice Mundial de Pensões da Mercer e do CFA Institute 2023, clique aqui.

*Atualizado em novembro de 2023

Sobre a Mercer

A Mercer acredita na construção de futuros mais brilhantes através da redefinição do mundo do trabalho, da melhoria dos resultados em pensões e investimento e da promoção da saúde e bem-estar das pessoas. A Mercer tem aproximadamente 25.000 colaboradores em 43 países e opera em mais de 130 países. A Mercer é uma subsidiária da Marsh McLennan (NYSE: MMC), a empresa líder global em serviços profissionais nas áreas de risco, estratégia e pessoas, com 85.000 colaboradores em todo o mundo e com receitas anuais de mais de 20 mil milhões de dólares.  Ajuda os seus clientes a navegar num ambiente cada vez mais dinâmico e complexo através de quatro empresas líderes de mercado: Marsh, Guy Carpenter e Oliver Wyman. Para mais informações, visite www.mercer.com/pt-pt ou siga-nos Facebook e LinkedIn.

Sobre o CFA Institute

O CFA Institute é a associação global de profissionais de gestão de investimentos que estabelece um padrão universal de excelência profissional. Esta organização defende um comportamento ético nos mercados de investimento, sendo uma fonte respeitada de conhecimento na comunidade financeira global. Tem por objetivo criar um ambiente onde os interesses dos investidores venham em primeiro lugar, os mercados funcionem na sua plenitude e as economias cresçam. Existem cerca de 200 000 charterholders CFA® em todo o mundo, em mais de 160 mercados. O CFA Institute tem dez escritórios a nível mundial e existem 160 sociedades de membros locais. Para mais informações, visite www.cfainstitute.org ou siga-nos no LinkedIn e no Twitter em @CFAInstitute.

Sobre o Monash Centre for Financial Studies (MCFS)

O MCFS é um centro de investigação criado dentro da Monash Business School da Universidade de Monash, na Austrália, que tem como objetivo trazer o rigor académico em todas as pesquisas de relevância prática para a indústria financeira. Além disso, através dos seus programas de envolvimento, facilita a troca de conhecimento entre académicos e profissionais. A agenda de investigação do Centro é vasta, mas concentra-se atualmente em questões relevantes para o setor da gestão de ativos, incluindo a poupança para a reforma, sustentabilidade financeira e a disrupção tecnológica.