Estudo Custo de Vida 2023 

Flexibilidade dos modelos de trabalho, tensão política e inflação continuam a influenciar a experiência do colaborador em contexto de mobilidade internacional

  • Hong Kong continua a ser a cidade mais cara do mundo para expatriados, seguindo-se Singapura (2.º), Zurique (3.º), Genebra (4.º) e Basileia (5.º).
  • Os fatores que afetaram a economia em 2022, nomeadamente a guerra na Ucrânia, as flutuações das taxas de câmbio, a descoberta de novas variantes de COVID-19 e a escalada da inflação continuaram a influenciar a mobilidade para experiências de trabalho internacional.
  • Lisboa ocupa 117.ª cidade mais cara para expatriados, descendo oito posições abaixo face ao resultado obtido em 2022. Considerando apenas o continente europeu, Lisboa é a 39.ª cidade mais cara para expatriados.

LISBOA, 6 de junho de 2023 – O aumento do modelo de trabalho remoto e flexível, a crescente tensão política e a inflação estão a impactar a compensação dos colaboradores, o que está a levar as empresas a repensarem a sua estratégia de atração e retenção de talento. A conclusão é do estudo “Custo de Vida 2023”, divulgado pela consultora Mercer. O ranking classifica o custo de vida de 227 cidades do mundo para expatriados a partir da análise conjunta do custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluindo habitação, transporte, alimentação, vestuário, produtos domésticos e entretenimento.

À semelhança do ano anterior, Hong Kong ocupa o primeiro lugar. A novidade deste ano é o segundo lugar, que é ocupado por Singapura, subindo seis posições. As posições seguintes do ranking são ocupadas por três cidades suíças – Zurique, Genebra e Basileia.

O estudo sublinha que os fatores que afetaram a economia em 2022, nomeadamente a guerra na Ucrânia, as flutuações das taxas de câmbio, bem como a descoberta de novas variantes de COVID-19, tiveram  um impacto significativo na experiência de colaboradores expostos a regimes de mobilidade internacional. Aliada à escalada da inflação, a crise das dívidas soberanas e as flutuações cambiais influenciam diretamente o poder de compra dos colaboradores que se encontram a trabalhar fora do país de origem.

Tiago Borges, Career Business Leader da Mercer Portugal, afirma: “A pandemia de COVID-19 e a tensão política a nível mundial têm contribuído para o crescimento do trabalho remoto e flexível, que, por sua vez, está a levar as empresas multinacionais a reavaliar a sua estratégia de retenção de talento”.

“A concorrência no mercado global de talentos é intensa e, com a crise do custo de vida a afetar tanto os colaboradores como as organizações, as empresas têm de ser flexíveis. A estrutura da compensação para os colaboradores remotos e com mobilidade internacional deve ser clara e sustentada em dados fiáveis”, acrescenta.

A implementação contínua e alargada do teletrabalho tem motivado muitos colaboradores a reconsiderarem as suas prioridades, a avaliarem o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e a refletirem sobre os locais onde escolhem viver. Perante esta realidade, as empresas estão a redefinir os seus modelos de trabalho, sendo que muitas estão já a refletir sobre como gerir uma força de trabalho cada vez mais distribuída a nível mundial.

De acordo com o estudo, o custo não é o único fator que influencia o grau de atração de uma cidade para colaboradores e empresas. Outro fator igualmente importante é a qualidade de vida global que uma cidade oferece. Por outro lado, os riscos e outras questões negativas, como catástrofes naturais, a tensão política e/ou económica, as elevadas taxas de criminalidade, as infraestruturas deficientes e a conetividade internacional limitada podem ser importantes dissuasores para as empresas e para os seus colaboradores.

“De um modo geral, os países e as cidades esforçam-se continuamente por atrair empresas internacionais, bem como nómadas digitais e expatriados”, afirma Marta Dias, Rewards Leader da Mercer Portugal. “Os locais de maior sucesso são atualmente aqueles que combinam politicas atrativas e flexíveis para talentos móveis, uma elevada qualidade de vida e um custo de vida razoável”, acrescenta.

Zurique, Genebra, Basileia, Berna e Copenhaga no Top 10 das cidades europeias mais caras para expatriados

O Top 10 é ocupado por cinco cidades europeias – Zurique (3.º), Genebra (4.º), Basileia (5.º), Berna (7.º) e Copenhaga (9.º). Outras das cidades mais caras da Europa incluem Londres (17.º), Viena (25.º), Amesterdão (28.º), Praga (33.º), que subiu 27 posições desde o ano passado, e Helsínquia (34.º). Já Lisboa é classificada enquanto 117.ª cidade mais cara para expatriados, situando-se oito posições abaixo face ao ano anterior.

Ranking das cidades europeias – Estudo “Custo de Vida 2023” da Mercer

POSIÇÃO

CIDADE

PAÍS

3

Zurique

Suíça

4

Genebra

Suíça

5

Basileia

Suíça

7

Berna

Suíça

9

Copenhaga

Dinamarca

17

Londres

Reino Unido

25

Viena

Áustria

28

Amesterdão

Países Baixos

33

Praga

República Checa

34

Helsínquia

Finlândia

35

Paris

França

37

Berlim

Alemanha

38

Munique

Alemanha

41

Bruxelas

Bélgica

46

Haia

Países Baixos

48

Frankfurt

Alemanha

49

Milão

Itália

51

Dublin

Irlanda

58

Luxemburgo

Luxemburgo

59

Roma

Itália

60

Oslo

Noruega

62

Hamburgo

Alemanha

64

Riga

Letónia

69

Estugarda

Alemanha

74

Düsseldorf

Alemanha

75

Barcelona

Espanha

83

Madrid

Espanha

86

Edimburgo

Reino Unido

91

Leipzig

Alemanha

92

Lyon

França

95

Estocolmo

Suíça

96

Nuremberga

Alemanha

97

Atenas

Grécia

100

Talín

Estónia

103

Pointe-à-Pitre

Guadalupe (França)

104

Bratislava

Eslováquia

109

Glasgow

Reino Unido

110

Amã

Jordânia

117

Lisboa

Portugal

118

Birmingham

Reino Unido

119

Aberdeen

Reino Unido

121

Toulouse

França

123

Vilnius

Lituânia

125

Belfast

Reino Unido

142

Bucareste

Roménia

143

Liubliana

Eslovénia

146

Zagreb

Croácia

153

Tirana

Albânia

161

Budapeste

Hungria

168

Sófia

Bulgária

170

Varsóvia

Polónia

175

Belgrado

Sérvia

186

Breslávia

Polónia

190

Cracóvia

Polónia

200

Skopje

Macedónia do Norte

Sobre o estudo “Custo de Vida” da Mercer

Amplamente reconhecido como um dos rankings mais completos do mundo, o estudo “Custo de Vida” da Mercer foi concebido para ajudar as empresas multinacionais e os governos a determinar estratégias de compensação para os seus expatriados. A cidade de Nova Iorque é utilizada como cidade-base para todas as comparações e os movimentos monetários são medidos em relação ao dólar norte-americano.

O inquérito inclui mais de 400 cidades em todo o mundo. O estudo deste ano inclui 227 cidades nos cinco continentes e mede o custo comparativo de mais de 200 itens em cada local, incluindo habitação, transporte, alimentação, vestuário, produtos domésticos e entretenimento. Os dados recolhidos fornecem todos os elementos-chave de que os empregadores necessitam para conceber pacotes de compensação eficientes e transparentes para os expatriados. Saiba mais aqui.

Sobre a Mercer

Mercer acredita na construção de futuros mais brilhantes através da redefinição do mundo do trabalho, da melhoria dos resultados em pensões e investimento e da promoção da saúde e bem-estar das pessoas. A Mercer tem aproximadamente 25.000 colaboradores em 43 países e opera em mais de 130 países. A Mercer é uma subsidiária da Marsh McLennan (NYSE: MMC), a empresa líder global em serviços profissionais nas áreas de risco, estratégia e pessoas, com 85.000 colaboradores em todo o mundo e com receitas anuais de mais de 20 mil milhões de dólares.  Ajuda os seus clientes a navegar num ambiente cada vez mais dinâmico e complexo através de quatro empresas líderes de mercado: MarshGuy Carpenter and Oliver Wyman, Para mais informações, visite www.mercer.pt ou siga-nos Facebook e LinkedIn.