Índice Global de Pensões 2025 

São Paulo, 15 de Outubro de 2025 – A Mercer, um dos negócios da Marsh McLennan (NYSE: MMC), juntamente com o CFA Institute, associação global de profissionais de investimentos, apresentam hoje a 17ª Índice Global de Pensões Mercer CFA Institute (MCGPI).

Os sistemas de renda de aposentadoria da Holanda, Islândia, Dinamarca e Israel mantiveram sua classificação A em 2025. Pela primeira vez, Singapura obteve uma classificação A, tornando-se o único país da Ásia a alcançar essa posição.

Em meio à crescente incerteza global, o crescimento e a magnitude dos ativos dos fundos de pensão estão levando cada vez mais os governos a buscar formas de canalizar parte desse capital para as prioridades nacionais. O Índice deste ano analisa como as intervenções governamentais podem ter consequências inesperadas e propõe oito princípios sobre como os governos podem equilibrar da melhor forma os interesses dos participantes de planos de pensão privados com as prioridades nacionais mais amplas.

"À medida que as pessoas vivem mais e os mercados de trabalho mudam, os governos enfrentam pressão para adaptar os sistemas previdenciários", comenta Christine Mahoney, Líder Global de Benefício Definido/Contribuição Definida da Mercer. "No entanto, a reforma da Previdência nunca é simples. Avaliar os possíveis resultados é essencial, e é por isso que empregadores, governos e provedores de pensão devem ter voz na formação de sistemas previdenciários mais resilientes."

Margaret Franklin, CFA, presidente e CEO do CFA Institute, acrescenta: "Regulamentações e ações governamentais - de políticas fiscais a mandatos de investimento - moldam profundamente como os fundos de pensão podem alocar capital. Como alguns sistemas procuram fundos de pensão para impulsionar investimentos considerados de interesse nacional, a comunidade de investimento profissional deve se proteger contra as consequências não intencionais que podem surgir quando mandatos ou restrições distorcem o sistema. Como o Índice deixa claro, o objetivo central das pensões deve continuar sendo garantir a renda da aposentadoria, guiada pelo dever fiduciário acima de tudo. Os sistemas de pensões funcionam melhor quando equilibram a inovação e as prioridades nacionais com a responsabilidade duradoura de servir os interesses dos investidores finais."

Mandatos governamentais versus colaboração

Os governos ao redor do mundo desempenham um papel na forma como os fundos de pensão privados investem, seja por meio da definição de diretrizes para proteger os aposentados ou incentivando o setor de pensões a apoiar objetivos econômicos nacionais. Países como Reino Unido, Canadá, Austrália e Malásia incentivaram recentemente os fundos de pensão a apoiar a infraestrutura e a inovação locais. Enquanto isso, em outros países, continuam os debates sobre se os fundos de pensão deveriam ser obrigados a considerar fatores ambientais, sociais e de governança (ESG), em vez de focar exclusivamente no desempenho financeiro em suas decisões de investimento.

“Os sistemas de pensão sem restrições ou com restrições limitadas tendem a ter um melhor desempenho no Índice”, diz Tim Jenkins, autor principal do relatório e sócio da Mercer. “Isso sugere que, em vez de impor mandatos, os governos podem se concentrar em tornar as opções de investimento atrativas, promover a transparência e uma governança sólida, e incentivar a colaboração com o setor privado para apoiar sistemas de aposentadoria sustentáveis e o crescimento econômico.”

Provisão de renda para aposentadoria melhora globalmente

Os países que obtiveram pontuações superiores a 80 no Índice receberam a classificação A. Esses países possuem sistemas de aposentadoria sólidos, que oferecem benefícios adequados, são sustentáveis e apresentam alto nível de integridade.

O Índice utiliza a média ponderada dos subíndices de adequação, sustentabilidade e integridade. Para cada subíndice, os sistemas com os valores mais altos foram: Kuwait (em adequação), Islândia (em sustentabilidade) e Finlândia (em integridade).

De forma notável, oito sistemas de aposentadoria melhoraram sua classificação no Índice este ano, e nenhum sistema teve queda. Isso demonstra que a provisão de renda para aposentadoria está melhorando em nível global — um resultado de grande importância, especialmente à medida que as pessoas vivem mais e as taxas de natalidade continuam a diminuir.

“Na América Latina, há um crescente interesse em fortalecer os sistemas de pensão, evidenciado pelas reformas implementadas ou em análise em países como México, Chile, Colômbia e Uruguai. Essas nações estão realizando mudanças significativas na estrutura de seus sistemas, principalmente ao aumentar as contribuições para a poupança de aposentadoria e aprimorar as estratégias de investimento para maximizar os retornos. O objetivo é claro: fortalecer a base financeira dos sistemas para garantir uma aposentadoria sólida aos cidadãos. Na edição 2025 do Índice, praticamente todos os países avaliados da região apresentam melhora. A maioria está adotando estratégias mais robustas para garantir que todos os cidadãos tenham acesso a uma aposentadoria digna e suficiente,” comenta Leonardo Lara, Líder de Wealth da Mercer México.

Brasil

“No Global Pension Index 2025, o Brasil alcançou 56.2 pontos e manteve o conceito 'C', refletindo uma leve melhora em sua pontuação geral, influenciada por dados econômicos atualizados. Apesar do recuo para a 40ª posição em um ranking expandido com 52 países, o sistema brasileiro demonstra solidez nos conceitos 'B' em Adequação e Integridade. Contudo, o pilar da Sustentabilidade, com conceito 'E', continua sendo um desafio e sinaliza áreas críticas para aprimoramento. O relatório destaca a necessidade de expandir a cobertura previdenciária, introduzir contribuições mínimas obrigatórias e integrar fatores ESG nas políticas de investimento para fortalecer o sistema nacional”, explica Tiago Calçada, Diretor da Área de Wealth da Mercer Brasil. 

Sobre o Índice Global de Sistemas Previdenciários Mercer CFA (MCGPI)

O MCGPI avalia os sistemas de renda para aposentadoria em todo o mundo e sugere possíveis áreas de reforma que podem oferecer benefícios mais adequados e sustentáveis, com alto nível de integridade. Neste ano, o índice compara 52 sistemas de aposentadoria globalmente, incluindo quatro novos países: Kuwait, Namíbia, Omã e Panamá, abrangendo 65% da população mundial. O Índice Global de Sistemas Previdenciários é um projeto de pesquisa colaborativo, copatrocinado pelo CFA Institute e pela Mercer, com apoio do Monash Centre for Financial Studies (MCFS). Mais informações estão disponíveis aquí.

Sobre a Mercer

A Mercer, um negócio da Marsh McLennan (NYSE: MMC), é líder global em ajudar os clientes a alcançar seus objetivos de investimento, dar forma ao futuro do trabalho e promover melhores resultados de saúde e aposentadoria para suas pessoas. A Marsh McLennan, líder global em risco, estratégia e pessoas, assessora clientes em 130 países através de quatro negócios: Marsh, Guy Carpenter, Mercer e Oliver Wyman. Com receita anual de US$ 24 bilhões e mais de 90.000 colegas, a Marsh McLennan ajuda a construir a confiança para prosperar pelo poder da perspectiva. ​Para obter mais informação, visite mercer.com, e siga-nos no LinkedIn e X.

Sobre o CFA Institute

Como associação global de profissionais de investimentos, o CFA Institute estabelece padrões de excelência profissional e certificações. Promovemos comportamento ético nos mercados financeiros e somos a principal fonte de aprendizado e pesquisa para o setor de investimentos. Acreditamos em fomentar um ambiente onde os interesses dos investidores sejam prioritários, os mercados funcionem de forma eficiente e as economias cresçam. Com mais de 200 mil membros certificados em 160 mercados, o CFA Institute possui 9 escritórios e 158 sociedades locais. Acesse o site www.cfainstitute.org ou siga-nos LinkedIn.

Sobre o Monash Centre for Financial Studies (MCFS)

O MCFS é um centro de pesquisa localizado na Monash Business School, da Universidade Monash, na Austrália, que tem como objetivo aplicar rigor acadêmico ao estudo de questões relevantes para a indústria financeira. Por meio de seus programas de engajamento, promove uma troca bidirecional de conhecimento entre acadêmicos e profissionais. A agenda de pesquisa do centro é ampla, mas atualmente se concentra em temas como poupança para aposentadoria, finanças sustentáveis e disrupção tecnológica. Para mais informações acesse aquí